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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

9º Ano - Texto complementar - Prova I (IV unidade)

A Marcha da Família com Deus pela Liberdade é um nome comum a uma série de eventos ocorridos em Março de 1964 em resposta à considerada “ameaça comunista” do comício do presidente João Goulart no dia 13 de Março de 1964.




Neste comício, o presidente havia prometido as Reformas de Base, que eram uma série de reformas: administrativa, jurídica, econômica, agrária, etc. que feriam os interesses das classes média e alta, já que haveria distribuição de bens e terras, que em muito desagradava os setores sociais de elite.
Vários grupos sociais, o clero, as famílias e os setores políticos mais conservadores se organizaram em marchas, levando às ruas mais de um milhão de pessoas, no intuito de derrubar o presidente João Goulart do governo.
A primeira aconteceu no dia 19 de março, dia dedicado à São José, padroeiro das famílias, em São Paulo, com uma participação de 500 mil pessoas, organizado pela Campanha da Mulher pela Democracia (Camde), da União Cívica Feminina, da Fraterna Amizade Urbana e Rural, entre outros grupos. Na ocasião, foi distribuído o Manifesto ao povo do Brasil, pedindo o afastamento do presidente João Goulart.
Em 02 de abril, a agora “Marcha da Vitória” aconteceu no Rio de Janeiro, com um milhão de pessoas.
A Marcha da Família com Deus pela Liberdade aconteceu ainda em Belo Horizonte e Curitiba e foi uma contribuição para o início do Governo Militar. Estas manifestações foram vistas pelos militares como um consentimento ao então Golpe que estava sendo preparado e seria posto em prática ainda em Março de 1964. Os grupos envolvidos nestas marchas aceitaram a imposição militar, já que era melhor ter seus bens garantidos à custa da ausência de democracia, a perder tudo diante a “ameaça vermelha”, que era o comunismo. A aceitação do Golpe por parte destes setores é compreensível já que os militares garantiriam a segurança e a estabilidade do país.

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