No final do século XIX, alguns países
europeus (como a Inglaterra, França e Alemanha) tiveram uma aceleração
na industrialização e, consequentemente, uma ascensão na concentração de
capital. Após a Grande Depressão capitalista, entre 1880 e 1896, as
empresas e as indústrias passaram a concentrar capital e formar os
grandes monopólios. Ou seja, com a concorrência entre as empresas,
somente as mais fortes prevaleceram e incorporaram as pequenas empresas,
formando, assim, as grandes indústrias.
Com a formação dos monopólios, a
concorrência entre as empresas deixou de existir acirradamente como
antes. No lugar das grandes concorrências, começaram a surgir grupos de
empresários, chamados de cartéis, trustes e holdings. Estes
efetuaram uma união de interesses próprios contra os consumidores, a fim
de aumentar seus lucros. Logo adiante, ressaltaremos as principais
características dos cartéis, trustes e holdings.
O cartel é a união
secreta de empresas do mesmo ramo de negócios, que estabelecem entre si
acordos para fixar um mesmo preço para seus produtos. Com a tabelação do
mesmo preço entre os produtos de diferentes empresas, elas acabam com a
concorrência entre si, ou seja, quem sai prejudicado é o consumidor,
que perde a possiblidade de procurar o menor preço, pois sem a
concorrência entre as empresas não existe menor preço. Dessa forma, o
cartel é a padronização dos preços dos mesmos produtos em diferentes
empresas. A empresa que se recusa a participar do cartel é sabotada e
seus proprietários, ameaçados.
Os trustes são
associações de empresas que surgiram a partir da fusão de várias
empresas que já controlavam a maior parte do mercado. Portanto, trustes
são formados quando proprietários de empresas concorrentes se tornam
sócios de uma única grande empresa. Assim, passam a controlar grande
parte do mercador consumidor, diminuindo também a concorrência e a
possibilidade de o consumidor encontrar produtos com menores preços.
A partir do momento que grandes
empresários, no lugar de montar suas próprias indústrias, passam a
comprar ações de empresas de um mesmo ramo de negócio, surgem as holdings.
Dessa maneira, os empresários começam a controlar ações de duas ou três
empresas concorrentes, que produzem um mesmo produto. Portanto, se um
mesmo empresário é o proprietário de três empresas que produzem copos
descartáveis, a concorrência não existe, configurando-se como uma farsa.
Atualmente, no Brasil, a formação de
cartéis e trustes foi proibida por lei, mas alguns setores ainda
continuam formando os cartéis para padronizar o preço dos mesmos
produtos, evitando a concorrência. O governo brasileiro criou um órgão
do Ministério da Justiça, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica,
para evitar a formação dos trustes. Já as holdings continuam como prática efetiva nas bolsas de valores, que controlam os mercados das ações das empresas.
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